sexta-feira, 11 de dezembro de 2009

Verniz de ébano


Vozes de ébano

Em liberdade
Seio da áfrica
Chão sem maldade

Sorriso de prata
Dentes de marfim
Em rosto de ébano
Alegria sem fim

Virgem da noite

Na prata do luar
Vivendo liberdades
Sem tristeza a sonhar

Eis que de repente

O intruso aprece
Trazendo tristezas
E o céu se escurece

Se tornando cinzento

Ao ver tamanha dor
Ao ver atrocidades
Maldades e dissabor

Os filhos de ébano

Perdem a liberdade
Pranteiam a África
Terra da saudade
Por brancos ambiciosos

Levados a prisioneiros
Transportado a ferro
Em navios negreiros

Choram filhos de ébano

Morrem de banzos ou saudades
Perderam entes queridos
Perderam a liberdade

Filhos de ébano pardos ou negros

Pelos brancos escravizados
Trabalhando a chicote e ferro
Sem liberdade aprisionada

Presos em suas senzalas

Cantam melodias de dor
Com canto triste brejeiro
Meu coração trespassa de dor

Negros de almas brancas
Servindo brancos de almas negras
Em caminhos tão diferentes
Nessa luta traiçoeira.







Kátia Pérola

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